Na disciplina de Henrique Magalhães, sobre Socialidade nas Mídias, uma das aulas previstas era sobre os quadrinhos underground brasileiros. Para isso, era necessário à turma conhecer algumas informações sobre a contracultura (brasileira e norte-americana) que serviram como pano de fundo para o surgimento desses quadrinhos. Afinal, a maioria desses autores ou vinha do desbunde ou sofria influência direta dele.
Como é um assunto importante para minha pesquisa, afinal o aspecto contracultural de Spider Jerusalem (e da cultura digital como um todo) me parece fundamental para entender seu ethos jornalístico, sugeri uma apresentação introdutória sobre o tema.
O principal problema, nesse caso, foi fugir do que está escrito no livro 'Contracultura Através do Tempo - Do mito de Prometeu à cultura digital', de Ken Goffman e Dan Joy, a fonte mais completa sobre o assunto que localizei. As demais eram muito presas ao período em que surgiu o termo, nos anos 1960, e precisava encontrar uma ponte que me possibilitasse expandir o termo para outros momentos históricos. Ca-bum.
De todo modo, ainda consegui enfiar algumas citações do 'O que é Contracultura', de Carlos Alberto Pereira (por sinal, muito fraquinho) e outros autores mais ligados à cibercultura, como Adriana Amaral, André Lemos e Mark Dery (seu Velocity Escape é sensacional, recomendo).
Ainda assim, uns 85% do seminário foram mesmo chupados do Goffman & Joy. Taí os slides.
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