***
Tem tudo isso que ela pensa que eu sou. O desastre. E poucas vezes eu testemunhei um sorriso interrompendo um massacre. Agora eu sei que a chuva não vai lavar toda a tristeza. Eu sei que a chuva só vai emoldurar a última cena dessa manhã sem sol. O que me alivia é aquele momento de silêncio com ela sem jeito e sem saber onde colocar as mãos. Se ficava de pé ou não. Então quando tudo não fizer mais o menor sentido, pelo menos eu vou lembrar dessa manhã sem sol, dos carros subindo a rua, da chuva embaçando meus olhos. Mas acima de tudo, vou lembrar que ela não sabia se sorrir era de bom tom. E então ela vai embora, no momento que eu solto a pause do detonador. Ninguém nunca mais vai me tirar daqui. Da frente dessa porta que não vai mais abrir.
***
E digo mais:
Nenhum comentário:
Postar um comentário